Rua das platanáceas
A sintrense Rua D. João de Castro, em homenagem do vice-rei da colónia portuguesa da Índia, depois do regresso à Pátria, assíduo frequentador de Sintra onde possuía a quinta da penha verde. A artéria além do nome ilustre que ostenta, tem singularidades dignas de referência.
Começa no Largo Formigal de Morais e termina na rua Rodrigo Delfim Pereira, pouco abaixo do miradouro da Vigia, situa-se na zona "moderna" da vila realenga. Aberta em finais do século XIX, principio da vigésima centúria na encosta da serra entre o antigo sítio de São Sebastião, local da casa da Câmara Municipal e S.Pedro de Penaferrim. O traçado pouco usual, desenha uma serie de curvas ao longo do percurso assemelhando-se a meandro dum caudaloso rio. Nas bermas da rua foram plantadas diversas árvores começando pelas "tudescas" tílias, passando por notável quantidade de plátanos. Contámos em toda a rua noventa exemplares daquela planta. O total das árvores englobando todas as espécies, ultrapassa uma centena.
Será possivelmente a artéria de Sintra, onde podemos encontrar aquela quantidade de plátanos. Com a designação de "rua"poucas devem existir em Portugal, que ostentem tal profusão de "Platanus". Na Primavera é aconselhável visitar o túnel de verdura, a sombra das ramadas são elementos da frescura da rua, a luz do sol coada pelo arvoredo proporciona atmosfera única. Curiosidade a juntar a outras que deparamos em Sintra.