UM PINHEIRO NO TELHADO
O sopro devastador da ventania que derruba árvores, arrancando-as do solo ou partindo-as, com a facilidade de quem dobra um junco, parece em certos casos com carinhoso desvelo, poupar as mais humildes plantas, ao contrário do que faz "com carvalhos austeros e cedros religiosos". (Eça de Queiroz).
Os prejuízos causados pelo último grande temporal, derrubando milhares de árvores, em parques e jardins de todo o concelho de Sintra, orçam em milhões de euros.
No entanto, por desígnio misterioso, o sopro iracundo do vento, deixou incólume um pequeno pinheiro nascido no telhado duma casa desabitada, situada em pleno bairro de S. Pedro da Vila de Sintra, fronteiro a um conhecido restaurante à primeira vista, poucos se atreveriam admitir que resistisse, sem tombar a exemplo do que sucedeu com inúmeras árvores nas redondezas.
O vento nem sempre tudo leva, o pinheiro lá continua. Neste caso dos fracos reza a história!