O parque urbano de Rinchoa - Fitares ocupa espaço com seculares árvores, atravessado pela ribeira das Jardas,além disso, também é possível encontrar vestígios relacionados com antiga importância senhorial da propriedade.
A casa dos senhores da Quinta de Fitares,estava edificada onde actualmente é complexo desportivo municipal.Acesso por caminho "carroçavel", era na direcção sul/norte.
Alameda de plátanos que bordejava a via,devia ser extensa,ainda restam alguns,de caules inclinados pelo vento por vezes sopra forte.
Quem descansar nos bancos a disposição dos frequentadores do parque e reparar nos plátanos facilmente imaginará trotando pelo caminho ora sombreado de vetustos exemplares, carruagem dos senhores proprietários quase chegar a casa da quinta.
A palmeira árvore de ramagem sempre verde simboliza a vitória e ascensão, e crença na imortalidade.
Na Rinchoa freguesia de Rio de Mouro no antiquadíssimo termo da vila de Sintra, área metropolitana de Lisboa, deparamos um dia destes com uma palmeira da variedade "washingtonia fifiesa".A árvore deve ser quase secular, cresce no interior da quinta, denominada "quinta do Mota", um pouco acima da outrora apelidada "cova da onça". Era difícil reparar na imponente palmeira até os últimos temporais, provocarem derrube de um muro de suporte da casa da quinta. A protecção civil municipal , por motivo de segurança efectuou a demolição do prédio, bastante degradado.Assim a altiva palmeira ficou mais visível e despertou a minha atenção. Apurei que a árvore já existia quando o grande ciclone de 1941 devastou Portugal.
Talvez a palmeira de caule mais elevado que podemos encontrar no Município de Sintra, não temos a certeza, sem dúvida uma bela árvore que resistiu a ventos e pragas ; outro motivo para considerar a Rinchoa, sítio singular. Graças a benignidade do clima e fertilidade da terra onde está plantada atingiu porte magnifico. Comparando com o poste de iluminação da Calçada da Rinchoa , e visível na foto, a altura da "altiva palmeira" será cerca de 20 metros , máxima que esta espécie alcança.
É comum associar as árvores à produção de madeira frutos e a retemperadora sombra. Se outros atributos não tivessem, estes seriam suficientes para cuidarmos da sua conservação e respeitarmos quem contribui para nos alegrar a vista e purificar o ar que respiramos.
De vez em quando, deparamos com exemplares plantados em locais e situações que suscitam, imaginários pensamentos, sobre o porquê de tais ocorrências. Isto leva-nos para outro dos aspectos ligados as árvores: o mágico e o simbólico. Vem tudo a propósito de dois magníficos FREIXOS que ladeiam a entrada duma formosa quinta, situada próximo de Paiões na Freguesia de Rio de Mouro no Concelho de Sintra.Esta freguesia é a par da vila sede aquela onde encontramos mais quintas.
Observando os freixos, podemos constatar serem de idade avançada visto os seus troncos se apresentarem com o interior oco, como se pode notar no sopé.
A quinta é do século XVIII, devendo remontar aquela época, o plantio das árvores, cujos os fustes, quase iguais, permitem concluir terem idade semelhante. A quinta já teve vários proprietários na actualidade pertence a um estrangeiro.
Quando o seu primitivo dono plantou os freixos, parece ter tido a preocupação de os colocar em posição de "guardiães " da entrada, e escolheu uma espécie de folhas sempre verdes, desse modo ideal para embelezar o acesso da sua propriedade.
Por ouro lado o freixo, simbolicamente representa, a perenidade da vida que nada pode destruir. A preocupação humana de deixar uma marca para além da passagem por esta vida. Como os freixos segundo antigas crenças servem para afugentar as serpentes, talvez se pretendesse resguardar a quinta dos perigos e invejas. Quem sabe?
Uma coisa é certa estas duas árvores formam um conjunto distinto e ornamental que passa despercebido, para evitar isso, fica a imagem.