O jornal de Sintra nº 1289, de 1958, na primeira página, publica noticia com grande titulo,relativa a possível, construção de um novo campo de aviação, destinado aviação de turismo e desportiva.
Ficamos a saber em 30 de Maio de 1910, ainda na vigência da Monarquia,seria criada comissão encarregada de procurar nas proximidades de Lisboa local para aeródromo do Aero Clube de Portugal.
Vinte anos mais tarde o Ministro da Guerra, autorizou funcionamento da escola de pilotagem do aero clube, no aeródromo da Quinta da Granja do Marquês, ai se manteria até aquela data.
Era urgente a mudança para outro sitio,e dessa escolha, ficou logo excluído o Aeroporto de Lisboa, já com grandes problemas com tráfego naquela época.
Aero clube optou em 1956, por terrenos situados entre Rio de Mouro e Ranholas, imediatamente a sul, da estrada Lisboa-Sintra, onde actualmente existem instalações comerciais e grandes superfícies do mesmo ramo.
Área de aterragem do futuro aeródromo teria duas pistas, com extensão de 800 metros,e possibilidade de ampliação até 1200 metros.
Infelizmente, o projecto não vingou em Sintra, acabando por ser construido num concelho vizinho sendo inaugurado em 1964.
A interrogação que a noticia dava ênfase,teve resposta: Não.
O concelho de Sintra, neste caso não ficou a ver navios,mas a ver passar aviões de turismo. Enfim é a vida como diria outro...
Maio de 1941, Primavera soalheira, segundo boletim meteorológico. um pouco ventosa como é habitual, nessa estação na planície da charneca saloia, entre Massamá e Ranholas
Por volta das 9 horas da manhã,vindos da banda de Queluz, voando a baixa altitude, surgiu um grupo de três aeronaves,sediadas na Base Aérea da Granja do Marquês,efectuando exercícios de treino de pilotagem. Os aviões seguiam em formação muito próximos uns dos outros.
De repente, quando sobrevoavam, a Quinta do Ulmeiro, sensivelmente, onde hoje está a escola Secundária Gama Barros,um dos aeroplanos, tocou na asa de outro, e num ápice, despenhou-se no solo da quinta, indo chocar contra grosso tronco de uma das árvores da propriedade,
Do pessoal na ocasião , trabalhava na quinta, ninguém foi atingido pelos destroços do avião que se incendiou e desfez,tendo o piloto tido morte imediata.
O estrondo provocado pelo embate no solo, ouvido a grande distancia, originou susto e alarme entre a população.
Os dois aviões restantes conseguiram aterrar sem problemas na pista da Granja, o comandante da esquadrilha, deu alarme tendo seguido para o local do despenhamento, ambulância de socorro, que transportaria para Hospital Militar em Lisboa, o cadáver do malogrado piloto,
O assunto seria motivo para conversas, durante algum tempo. Os habitantes da Freguesia, de Rio de Mouro, nomeadamente os dos lugares do Cacém e Paiões, não ganharam para o susto, não devemos esquecer que estávamos em plena Guerra Mundial