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Tudo de novo a Ocidente

JOSÉ CUPERTINO RIBEIRO JUNIOR - ILUSTRE PERSONAGEM DA HISTÓRIA DE SINTRA

Quarta - Feira 11 de Janeiro 1922, faleceu na cidade de Lisboa, tendo nascido na localidade de Pataias, conselho de Alcobaça, 15 Dezembro 1848.Republicano emérito,membro do directório incumbido de planear e realizar  revolução de 5 de Outubro de 1910.

A Junta e Assembleia de Freguesia de Rio de Rio de Mouro, concelho de Sintra, representadas pelos respectivos  presidentes ,depuseram singelo ramo de flores, na campa de Cupertino Ribeiro, no cemitério dos Prazeres,em Lisboa.

O túmulo mandado erigir pela  viúva destinado ao descanso perpétuo dos restos mortais,foi vendido por familiares, em 1983, pertence agora a outrem.

Cupertino Ribeiro, figura cimeira da história de Rio de Mouro,dono da antiga fábrica de estamparia de chitas,benemérito contribuiu com avultada quantia para construção do cemitério paroquial, proprietário de extensa quinta e mansão, ainda existentes, merece ser lembrado,foi esse dever hoje cumpriu a autarquia da nossa terra.A foto é do túmulo que foi  seu , declarado de interesse municipal pelo Município Lisboeta.

PC176127.JPG

 

A CÂMARA DE SINTRA E O REGICÍDIO

Os acontecimentos de 1 de Fevereiro de 1908, que determinaram o assassínio de D. Carlos I e do Príncipe herdeiro Luís Filipe, provocaram  grande impacto em todo o País.

A Câmara Municipal de Sintra, a exemplo de outras,  reuniu extraordinariamente para marcar posição perante o sucedido.

Sendo Sintra uma Vila frequentada pela "Família Real", é interessante divulgar o que a Câmara Sintrense deliberou.

A acta da reunião extraordinária do Município realizada em 10 de Fevereiro de 1908 reza o seguinte:

"Nesta Vila de Sintra, Paços do Concelho e Sala das sessões da Câmara Municipal, reuniu em sessão extraordinária, a Comissão Administrativa do Município, sob a Presidência do Senhor Visconde de Tojal, achando-se presente os Vogais Senhores Francisco Gonçalves da Silva, Alfredo Cambournac , Henrique dos Santos e José Maximino C. Barros, estando também presente o Senhor Administrador do Concelho Visconde da Idanha. Aberta a sessão, era meio dia. O Senhor Presidente declarou que convocava esta sessão extraordinária, para hoje, por ser o primeiro dia útil depois dos tristíssimos acontecimentos do dia um do corrente em Lisboa, para dar conhecimento à Comissão de que, logo no dia dois ao ser conhecido aqui o nefasto atentado, que vitimou Sua Majestade El-Rei D. Carlos, Sua Alteza o Príncipe Real D. Luís Filipe, dirigira telegramas a toda a "Família Real" em nome do Município, manifestando o seu sentimento pela perda que enlutara o País, telegrama de que já recebeu os agradecimentos, que apresenta à Comissão, e de que esta tomou conhecimento.

Que não obstante estar cumprido esse dever, e de ter já ido pessoalmente ao Paço, acompanhado duma numerosa comissão de proprietários e comerciantes de Sintra, e, inscrevendo-se no registo das condolências, propunha que na acta desta sessão se consignasse...

O profundo sentimento do Município, pelo infausto acontecimento, e o seu protesto contra o infame atentado que roubou as vidas preciosas de D' El-Rei e do Príncipe Real, que fazendo esta proposta, estava convencido de interpretar o sentir geral de todos os Munícipes , tanto mais que o Concelho de Sintra, deve à Família Real", especial predilecção, demonstrada, pela honra da sua permanência aqui, todos os anos, por larga temporada, o que tanto têm concorrido para o desenvolvimento do seu comércio e da sua riqueza, predilecção e dedicação de que ainda há muito pouco tempo foi dada eloquente prova, por Sua Majestade a Rainha Senhora Dona Amélia, dignando-se aceitar a presidência da "Liga Promotora dos melhoramentos de Sintra", que tanto deve concorrer para o engrandecimento do Concelho. Que por todos estes factos, e, por outros que se abstêm de relatar, e são do conhecimento da Comissão, propunha que do voto de sentimento aqui consignado, se desse conhecimento à Família Real", e que na igreja paroquial de S. Martinho, se celebrasse no dia 21 do corrente, vigésimo dia depois do atentado uma missa de requium " sufragando as almas de Sua Majestade e Alteza Real, convidando-se oficialmente todo o funcionalismo público do Concelho a assistir a esse acto de cuja celebração se dará publicidade para que todos a ele possam assistir. O que tudo foi aprovado, por unanimidade, deliberando mais a Comissão que todas as despesas com essa cerimónia religiosa, fossem particular e individualmente pagas pelos respectivos vogais.

Tendo-se associado a todas estas manifestações o Senhor Administrador do Concelho. Foi seguidamente encerrada a sessão".

A acta:

 

 

 

Nem todos os presentes assinaram a acta. Ninguém usou da palavra, além do Visconde do Tojal.

O facto das despesas da missa terem sido assumidas pelos membros do executivo, demonstra o receio de reacções dos Munícipes . Esta acta revela, que em Sintra a influência do ideal Republicano era notório , e, que os monárquicos já não assumiam com convicção a defesa do Regime. Para além da morte lamentável de dois seres humanos o que morreu em 1 de Fevereiro de 1908, foi a monarquia, apesar de formalmente só o ter sido em 5 de Outubro de 1910. 

 

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