No tempo em que não dispunham de abastecimento de agua domiciliaria, e talvez ainda nem se ouvia falar em maquinas de lavar. As populações rurais, aproveitavam agua de riachos ribeiras e rios para lavarem as parcas roupas do seu " bragal".
A tarefa da lavagem era trabalho destinado exclusivamente as mulheres.Situado pouco abaixo do pontão sobre a Ribeira das Enguias, e por onde antigamente passava o caminho entre Rio de Mouro e Mercês ;neste lavadouro, ainda são visíveis as pedras onde ensaboavam e batiam a roupa,deve ter sido local de longas conversas, enquanto aquela ia ficando pronta para corar ao sol sobre a vegetação da margens.
Durava muito este trabalho, dando azo a longas conversa, daí vem o termo " lavar roupa suja " quando uma conversa entre vizinhas se prolonga.
Rústico local, tem encanto próprio das coisas simples , genuínas. Gostei de ter encontrado na manhã deste dia, durante o passeio, nunca antes havia reparado neste encantador recanto.
Durante o passeio matinal utilizando a " pédovia ", construida na Serra das Minas , Rio de Mouro Sintra, bordejando a Ribeira das Enguias , que a incultura de alguns continua a designar indevidamente da Lage. Nessa ocasião deparei com robusto e provavelmente centenário freixo,cujo tronco iluminado pela luz solar, evidencia admirável fuste da árvore.
Como está limpa de vegetação circundante, que impossibilitava visibilidade, surge agora a quem se dispõe admirar, a beleza singular de um monumento vivo.
Municipio de Sintra, freguesia de Algueirão - Mem Martins, deparamos uma artéria com designação singela.
No entanto, não procederam correctamente os edis de Sintra, quando há décadas deliberaram atribuir este nome , o " riacho " na margem do qual está placa, não é nem mais nem menos Ribeira das Enguias.
Adiante! esta placa encontra-se nas traseiras do " falido " colégio D. Afonso V, famoso estabelecimento de ensino onde estudaram gerações de Sintrenses. O caudal da ribeira com seca estival, severa, como tem sido este ano, vai definhando;basta caiam algumas gotas de chuva,para um dos regatos que desaguam na ribeira,tomar alguma água e deslizar com algum " vigor " como verifiquei hoje:
O regato nasce no Cabeço da Fonte, colina do lado da tapada das Mercês, onde construiram cemitério de Algueirão, e autorizaram construção de " avantajados" prédios de habitação; demonstrei ali brota manancial indispensável a alimentação da Ribeira das Enguias.Bastava quem decidiu saber algo do significado dos " toponóminos " , não teria sido aberto caminho a provável " seca " da Fonte do Cabeço, ou do Cabeço da Fonte, tanto faz para a ignorância atrevida é tudo igual.
Curso de água cuja nascente está em pequeno manancial , pouco acima do antigo lugar de Fanares , actualmente integrado no aglomerado urbano de Mem Martins, município de Sintra, desagua no Rio Tejo, adiante da praia de Santo Amaro, concelho de Oeiras,ao longo do seu percurso tem varias denominações.
Da nascente até atravessar a ponte de cantaria de um só arco, onde passava a antiga estrada real de Lisboa a Sintra,é rio ou Ribeira das Enguias.Dai para diante, pouco abaixo do lugar de A - Dos -Francos, Rio de Mouro; quase a chegar ao sopé da aldeia de Asfamil, designa-se Rio dos Veados, ultrapassados "limites" dos concelhos de Sintra e Oeiras, nome altera-se para Ribeira da Laje,antigamente, Rio de Oeiras.
Passa sob a auto - estrada A-5 Lisboa Cascais, interior dos jardins do Palácio do Marques de Pombal, entra depois no Rio Tejo
Para perpetuar a Ribeira das Enguias, atribui-se em tempo a artéria da localidade Algueirão Velho, designação.Rua Ribeira das Enguias.
A Câmara Municipal de Sintra,adjudicou empreitada de requalificação das margens, desde o edifício do Colégio Afonso V, ao IC 19, para permitir a população desfrutar o bucolismo do local, erradamente publicitaram, empreitada de requalificação da Ribeira da Laje , quando deveria ser como demonstrei RIBEIRA DAS ENGUIAS . Foto do troço da Ribeira das Enguias,nas Mercês...