O Município de Sintra,é um território de muitos e variados motivos de interesse,paisagísticos,geológicos, botânicos históricos, que sei eu, inumeráveis .
Na freguesia de Nossa Senhora de Belém de Rio de Mouro,encontra-se lugar de Serradas, antigamente Cerradas,porque as propriedades do sítio, foram quintas e terras "tapadas", com muros de pedra "cerrando" limites e desse modo evitar, eventuais apropriações por vizinhos mais afoitos, pouco respeitadores do "alheio",esta particularidade deu nome a aldeia.
Nas Serradas nasceu o ilustre e respeitado missionário da Companhia de Jesus,Padre Diogo Vidal, calcorreou em trabalho de evangelização terras da Índia e China.A nossa investigação, permite afirmar ter sido a Quinta das Serradas, local exacto onde nasceu.Nesta Quinta veraneou anos a fio grande Português Almirante Gago Coutinho,que na companhia de Sacadura Cabral , ligou pela primeira vez por via aérea Lisboa e Rio de Janeiro no Brasil.Na Quinta da Fonte Nova viveu no século XVIII juiz de fora da Vila de Sintra, a cujo termo pertence Rio de Mouro. Curiosamente Serradas até final do século XIX, esteve integrada no alfoz da Vila de Cascais.
Quinta das Serradas actualmente arruinada,resultado do decorrer do tempo ,e desmandos de "furiosos revolucionários " no período seguir a 25 de Abril de 1974, ocuparam a quinta, instituíram uma "escola do povo", deram sumiço ao mobiliário e azulejos;da antiga relevância, pouco resta, é pena. Chegou existir capela onde se celebrava missa dominical.
A praça fronteira ao Palácio Nacional de Queluz, no município de Sintra,alberga no perímetro alguns edifícios de vistosa arquitectura, um deles da torre do relógio,actualmente estabelecimento hoteleiro "pousada Dona Maria I.",outro serve de aquartelamento ao Regimento de Artilharia Anti-Aéra Fixa, finalmente um distinto palácio conhecido por ter pertencido aos viscondes de Almeida Araújo, perto do qual se edificou conjunto habitacional , destinado a criadagem do Palácio Real,designado "Bairro do Chinelo".
A exemplo do sucedido em situações similares,também neste caso últimos proprietários,deram nome a construção.Inicialmente o palácio teve por finalidade servir de casa de campo do segundo Marques de Pombal, Henrique José de Carvalho e Melo, filho de Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro titular da casa Pombal, e sua mulher Eleonora Eva,condessa de Daun,Henrique nasceu em Viena de Áustria 1786, e faleceu 1812, no Rio de Janeiro , para onde havia seguido com a família Real,fugindo da 1ª invasão francesa.
Henrique José detinha extensas propriedades na zona de Queluz, sendo da primeira nobreza, desejava veranear junto da família real.Encomendou projecto da moradia campestre a renomado arquitecto, daí resultou edificação representativa da arquitectura civil portuguesa dos finais do século XVIII.
Notável edifício actualmente sujeito a obras de restauro,com objectivo da pintura das paredes exteriores voltarem a primitiva coloração,idêntica a do real palácio de Queluz.Para não ficar qualquer dúvida acerca da quem seria dono inicial,ostenta na frontaria o brasão da casa Pombal.