EM BUSCA DA CAPELA "PERDIDA" DA RINCHOA - SINTRA
Recordo a antiga cantilena que ouvia nos idos tempos da meninice: "fraca é uma terra que não tem sino nem capela nem Padre que diga Missa nem sacristão que ajude a ela". A propósito intrigava-me o facto da povoação onde moro, há dilatado tempo, não haver em época recuada orada para os crentes rezarem e escutarem a "palavra da Salvação". Conhecia um local de culto, entre 1970 e 1992, na cercania da estação ferroviária de Rio de Mouro-Rinchoa, edificado onde se colocou busto homenageando o Padre Alberto Neto.
Antes disso, a localidade não dispunha de um edifício destinado ao culto? Investiguei e finalmente obtive resposta, lendo a noticia publicada no Jornal de Sintra nº863 de 6 Agosto 1950:
Ficava por decifrar o sítio onde se localizava o templo, umas as artérias da urbe, ostenta o nome:
A designação teve origem no facto da capela se situar no termino da rua, no cruzamento com a do Vale, na Vivenda Filomena, propriedade dos beneméritos construtores da mesma, que faleceram sem deixar filhos, herdeiros directos. Venderam o terreno, casa, capela e anexos a um "promotor imobiliário", que mandou demolir tudo, com a complacência dos órgãos Autárquicos.
A capela da Rinchoa estava aberta ao culto da população, recolhi memória de uma senhora, cujo casamento se realizou na desaparecida capelinha, a qual tendo honras de inauguração e bênção cardinalicías acabou, inopinadamente derrubada pelo camartelo da ambição e ignorância de responsáveis do poder local.
Prometo voltar ao assunto.