Em 20 de Junho de 2008, publiquei, um post com titulado: "As Magnificas Tílias da Rua do Juncal na Rinchoa", o texto era ilustrado com a foto de duas tílias, uma delas pelas características e porte era centenária. Uma década volvida e a tília centenária, acabou assim...
Árvore sem doença conhecida, aparentemente sem causar dano algum. Um néscio deve ter movido influencias e a tília foi derrubada. Mais palavras para quê? Fico triste e manifesto a minha repulsa por tão injustificado arboricídio.
Antes de surgir a empresa "Realizadora" constituída por Leal da Câmara, e outros seus amigos para lotear a RINCHOA e parte da Quinta Grande, existiam na localidade algumas casas importantes implantadas em Quintas. Estas propriedades foram desaparecendo com o desenvolvimento do processo urbanístico, hoje só resta a memóriaténue da sua grandeza. Como eram na sua maioria para recreio e repouso dos seus proprietários, tinham muitas árvores, quer de fruto quer de sombra das quais ainda é possível encontrar nos quintais de algumas vivendas, nomeadamente, carvalhos, castanheiros, pereiras , tílias...
As quintas pertenciam a gente importante de Lisboa ligada ao comércio e a actividade forense. Um conhecido advogado, vendeu à cerca de 30 anos, a um construtor a chamada "Casa do Pinhal", situada entre a Avenida dos Plátanos e a Estrada Marquês de Pombal. Como era de esperar o passo seguinte foi o de fazer o seu loteamento.
Esta quinta tinha uma bela entrada ladeada de tílias de restam poucos exemplares. O loteamento deu origem a várias vivendas e a um arruamento ao qual foi dado o nome de Rua do Juncal, por sorte duas das árvores ficaram no passeio da rua e foram poupadas ao abate. São exemplares imponentes que na época da floração servem de local de trabalho acentenas de abelhas e exalam um aroma muito agradável.
Uma das Tílias, a primeira a esquerda da foto, tem um tronco com um perímetro a altura do peito de 2,85 metros sendo a sua idade provável UM SÉCULO!
As magnificas tilias da Rua do Juncal estão em espaço público e podem ser admiradas portodos os sentem que as velhas árvores merecem o carinho e respeito devidos aos MONUMENTOS. Seria conveniente declará-las de interesse público. Para aqueles que unicamente tentam denegrir a nossa terra, e quem cá vive, duas sugestões: cultivem-se, e já agora, tomem chá de tília...