Situada num sitio ainda hoje pouco povoado, a capela de Santa Eulália,é templo cuja denominação, vista a sua imponência deveria ser igreja.
Integrada na freguesia de Santo Estevão das Galés, outrora pertenceu concelho dos Olivais, a orada foi edificada em 1466, por um tal Diogo Vasques
Em 1466, reinava D. Afonso V, nascido no Paço da Vila de Sintra em 1432.
Dom Afonso V, além das conquistas africanas, assumiu a coroa de Castela e Aragão, e da Catalunha por ser descendente de D. Pedro infante de Portugal , rei de Aragão.A padroeira de Barcelona é Santa Eulália, cujas relíquias se conservam na catedral daquela cidade.
Quem sabe intenção de Diogo Vasques ao custear a edificação da orada, e querer para padroeira a mártir Aragonesa, não foi acto premeditado para agradar ao Rei " Africano "?
Sem dúvida a escolha do local onde ficou a " casa " de Santa Eulália. teve também a preocupação de marcar e " guardar " , limites territoriais, como prova marco existente , junto ao cruzeiro, defronte da entrada principal da capela.Igualmente interessante constatar tudo se encontra num importante cruzamento de vias de comunicação, simbolicamente apropriado para construir edifício santificado, convidativo a oração.
No exterior da capela na arcada, existe pia de água benta, raramente encontramos no exterior das igrejas tal artefacto.
A capela de Santa Eulália, actualmente , resultado do quase ermo onde continua , a quem observa, suscita , sentimento de perplexidade e algum espanto.
Os sítios nunca deixam de ostentar nem que seja somente pelo topónimo, factos importantes da história.
No Município de Sintra, numa as suas mais remotas, " fronteiras " existe povoação conhecida por nome de significado ainda oculto ; que desejava, " decifrar": Mastrontas . Pertence a união de Freguesias de Almargem do Bispo, Montelavar e Pêro Pinheiro .
Embora durante séculos,estivesse integrado no alfoz de Montelavar.Mastrontas; situada perto de Negrais, zona territorial onde se demarcavam antigas circunscrições ,Cheleiros, Mafra, Alcainça e "Cintra ".Este facto obrigava a quotidianos cuidados para impedir possíveis usurpações de terrenos alheios.
Mastrontas,foi cabeça de " vintena ou vintana " onde residia o juiz dela, A vintana de Mastrontas , compreendia no Século XVIII, segundo memórias paroquiais de 1758, os lugares de Mastrontas, Vale de Figueira,Serrados, Santa Eulália,Covas de São João, Alfouvar de Cima , Feteira,Cabeça,Anços,Barreiros,Ribeira dos Tostões,Ribeira do Farelo.
Como podemos constatar, alguns daqueles lugares, não pertencem já ao concelho de Sintra, o que corrobora a relevância de Mastrontas , local onde residiam " vigilantes " guardiões dos marcos e mastros que sinalizavam estremas concelhias desde a idade medieval.
Mastrontas significa : área dos " marcos " e " mastros " , Na localidade residiam pessoas zeladoras das propriedades dos senhores das terras fossem eles do feudo ou do trono. Alias, o termo " tronar " quer dizer : " estar em posição dominante, " exercer grande influencia ", imperar ". Mastrontas, terá sido em tempo coevo . " "Mastronas " ; por corruptela acabou na forma actual.
A linha do oeste, passa por aqui, onde há até, uma passagem de nível, observando a linha na direcção a Mafra e Malveira,vemos logo a seguir a Mastrontas , grande curva, e a ferrovia desaparece de repente, " engolida " pelo arvoredo do bosque. Simbolicamente também a antiga relevância do povoado se esfumou nos meandros da História.
Ruinas de " passada " inportancia que esta casa em ruina na beira da estrada para aldeia demonstra