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Tudo de novo a Ocidente

FONTE SEQUESTRADA

A muito antiga fonte do lugar da Tala, situada na saída da localidade,a esquerda da actual estrada nacional EN 247, direcção de Mira Sintra e Venda Seca,no Município de Sintra, está sequestrada, pelo cultivador de uma horta ribeirinha da "regueira da Tala", que colocando tosco portão, provido com cadeado, no caminho público permitia chegar , junto da  "bica", impediu assim  observação in loco deste interessante exemplo do nosso património. 

Ninguém parece querer saber, certo sem apelo nem agravo,a fonte está sequestrada.Gostaria de ler o teor da lapide que coroa frontão.Assim não podemos. Quem pode ajudar?

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A REGUEIRA DA TALA

As copiosas chuvas do passado mês de Fevereiro, acabaram definitivamente com  prolongada seca assolou grande parte do território de Portugal.

Na nossa região,apesar da chuva ter abrandado , o caudal de ribeiras, regatos, e regueiras continua com algum impeto.A denominada regueira da Tala, nascendo na vertente oeste da Serra da Carregueira, terminando na Ribeira de Fitares, junto antiga ponte açude da Rinchoa, no final da Avenida dos Carvalhos, apresenta volume de agua significativo.

Este curso de água,beneficia, igualmente, das nascentes da famosa quinta do Molha-Pão, por cujo interior passa.

Os mananciais desta propriedade, alimentavam o aqueduto das águas livres,através de ramal, visível a superficie, na zona de Mira-Sintra...

Esta regueira é principal suprimento de água, alimenta a Ribeira de Fitares. Pelo aspecto vamos ter  Verão sem estiagem, pelo menos, por aqui...

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PITÉU DA TALA A QUE NADA SE IGUALA

No centro geográfico do território do Município de Sintra,na localidade da Tala, pertencente a antiga freguesia de Belas,mas perto da Agualva, Algueirão , Rinchoa e Mercês,encontramos aprazível local para degustar uma especialidade : cozido a portuguesa.

Há por esse Portugal  muitos sítios " famosos" porque lá também é possível apreciar aquela prato tradicional da nossa culinária.Conheço alguns,  posso afirmar sem receio de desmentido, os que associam a receita a um       "canal " , esqueçam , na Tala , é mais do que isso é um ..." rio ".

Servido em doses " pantagruélicas " , carnes e enchidos numa travessa , vegetais arroz feijão, em outra, o pitéu atinge perfeição " estrelar ".

Agora mais acessível pela A16, ali afluem apreciadores de todo País, aos fins de semana as três centenas de lugares enchem mais de uma vez.

Quem duvidar deve provar. Na Tala , Município de Sintra é servido o melhor cozido a portuguesa de todo Portugal e sua diáspora.Pela minha " riquinha " saúde !

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PATRIMÓNIO DE GRANDE VALOR HISTÓRICO E TURÍSTICO: DESAPROVEITADO

O concelho de Sintra, para além da vila sede do concelho, e Queluz, possui vasto património de grande valor, que merece ser conhecido e visitado.

O aqueduto das águas livres conduzia desde o século XVII água para abastecer Lisboa, o caudal do  liquido elemento provinha de vários mananciais que brotam no território sintrense. Exemplo das "fontes" da quinta do Molhapão na Tala junto a Meleças, freguesia de Belas. O encanamento desta nascente, observável junto ao bairro de Mira Sintra e Quartel da Serra da Carregueira, poucos reparam porque não tem qualquer placa informativa, encontra-se praticamente abandonado no meio de hortas urbanas "clandestinas" e rodeado em vários locais de mato, silvas, e canaviais.

O troço do monumento na chamada zona da "agua livre", que deu nome ao aqueduto situado entre Olival do Santíssimo, Dona Maria na freguesia de Almargem do Bispo, ao longo da estrada nacional 250 até cruzamento com estrada das aguas livres ou de Carenque, está igualmente desaproveitado. A construção nesta zona tem diversos motivos de interesse, não existe qualquer informação que elucide quem passa e se detenha, admirar a "obra".

Se fosse construido um passadiço de madeira ao longo do aqueduto estaria acessivel para visitas de turistas e residentes,  seria novo motivo de atracção de Sintra, para além de Sintra. Poderia ser rota "DA ORIGEM DAS " AGUAS LIVRES" DO AQUEDUTO DE LISBOA".

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A PONTE MEDIEVAL DA RINCHOA

A Área Metropolitana de Lisboa,em muitos dos seus aglomerados urbanos, possui património que não é conhecido, e por isso mesmo, deve ser divulgado.

No Concelho de Sintra, a Rinchoa, que é "bombo" da festa de muitos "analistas" que por falta de humildade, falam do que não sabem. Não fazem ideia de que  muito do que apontam como sendo sítios descaracterizados sem alma nem história; têm afinal um património interessante e valioso.como é ocaso da NOSSA TERRA.

Na Rinchoa ao fundo da Avenida dos Carvalhos, limite da freguesia de Rio de Mouro com a de Belas, na confluência da "regueira" da Tala com a Ribeira da Jarda, existe uma secular, e interessante ponte de pedra que servia de passagem entre os concelhos de Sintra e Belas.

 

 

 

 

 

A Rinchoa foi durante séculos um cruzamento de caminhos, característica que se mantém ainda hoje.

 

Esta ponte que é sem dúvida, medieval, está ao abandono, felizmente encontra-se em bom estado de conservação, merece que seja limpa das ervas e silvas que a rodeiam e assinalada como património de interesse público.

Aqui, no coração do concelho de Sintra, é possível observar uma vestuta ponte, com pormenores construtivos, já difíceis de encontrar em monumentos do mesmo tipo noutros locais de Portugal.

Esta ponte,por incúria serve de suporte a uns inestéticos canos ,e cabos de plástico que devem ser retirados, para que possa ser admirada na pureza das suas linhas originais.Agora (2015), os tubos já foram retirados.Afinal alguém lê os nossos textos

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A ponte da Rinchoa para a Tala, deve ser classificada como imóvel de interesse público, para que todos a conheçam e admirem. É uma estrutura que durante muitos anos, permitiu aos moradores, almocreves e viajantes, atravessar a Ribeira da Jarda, para se dirigirem ao Recoveiro e Meleças. Mas isso será tema para próximo encontro.

 

Por hoje fiquemos com esta bela e antiga obra de cantaria, património da  Rinchoa.

In MEMORIAM DO FREIXO DA TALA

A nove de Abril de 2008, escrevemos nesta "tribuna":

"O freixo da Tala encontra-se junto da placa indicativa da localidade à esquerda da estrada vindo de Mira - Sintra". Encontrava-se porque a vetusta árvore do concelho de Sintra, definhou e teve de ser abatida.Resta a memória, e um vazio difícil de preencher no local onde há sete anos parecia ser "eterno".A placa toponímica  também desapareceu.A memória  do freixo da Tala,faz parte do acervo do "tudo de novo a ocidente", e só por isso a nossa labuta vale a pena.

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A PONTE DE CANTARIA SITUADA PRÓXIMO DA TALA NA ESTRADA BELAS -SINTRA

A antiga estrada(EN 250-1) que liga Belas à sede do Concelho de Sintra, foi traçada atravessando a Serra da Carregueira. Um pouco adiante do Quartel do Regimento de Infantaria nº1, passando a curva da Tapada dos Coelhos, rectificada para se abrir a auto-estrada A16,  a estrada torna-se  estreita, porque surge uma ponte, construída para permitir o atravessamento da regueira da Tala, cuja  nascente ocorre no interior da Quinta do Molhapão, percorrendo depois um pequeno curso até   desaguar na Ribeira da Jarda, junto à ponte medieval da Rinchoa, nas imediações da estação ferroviária  de Mira-Sintra Meleças. Centenas de automobilistas circulam diariamente pelo local desconhecendo o facto de transitarem sobre uma elegante construção, que resultou num belo trabalho de cantaria. O bom estado de conservação, advêm do projecto ter sido bem executado. Foi construída no inicio do século XIX, sobre ela passaram e passam, pessoas e mercadorias, de importância relevante para o desenvolvimento da região. Por ter sido pensada para um determinado tipo de tráfego, só possibilita a passagem de um veículo de cada vez, ainda bem assim o esforço sobre a ponte atenua-se. Nem pensem alargá-la; uma obra de arte como esta deve ser preservada porque faz parte do património sintrense. Deixamos as fotos para ser ver tal como está, assim quando passarmos no local e tiveremos de parar, cumprindo as regras da circulação não  encaremos o facto como contratempo, mas sim um contributo para a PONTE DA TALA continuar de boa "saúde" por muitos anos. Vindo do lado de Meleças, fica depois do semáforo existente na via, designada Avenida Dr. António Nabais, fundador dum prestigiado colégio situado nas proximidades.   

 

 

 

O FREIXO DA TALA

O lugar da TALA situado nos limites das freguesias de Belas e Rio de Mouro  no Concelho de Sintra cresceu como o vizinho povoado de Meleças sob tutela dos senhores da Quinta Grande que dominaram a região durante séculos. Aquela propriedade foi sendo dividida por sucessivas heranças restando algumas parcelas na posse de vários proprietários.

Hoje em dia, a TALA é conhecida como a terra onde existe um restaurante denominado: a Adega Tipica da Tala com capacidade para cerca de 300 pessoas e onde se pode comer o tradicional cozido à portuguesa considerado pelos apreciadores como um dos melhores de todo o País.

O nome de TALA deriva da circunstância de, desde sempre ter existido uma fonte cuja a  água corria por uma bica de madeira a exemplo do que sucedia com as cales ou calhas que conduziam a água para as azenhas. Cale deriva do latim "TABULA" daí por alteração da pronuncia se ter chegado a TALA, de   forma resumida TALA significa fonte com bica de tábua.

A fonte ainda hoje existe, não no lugar primitivo junto à estrada mas no interior da povoação com o nome de fonte de Stº. António. Outros motivos para além dos mencionados que justificam uma passagem pela TALA são: a calma do lugar e o freixo plantado na berma da estrada que tem o nome de Avenida Dr. António Nabais como homenagem ao fundador do colégio situado perto.

O freixo encontra-se junto a placa indicativa da localidade à esquerda  vindo de Mira-Sintra. O que chama logo a atenção é seu avantajado tronco onde são visíveis os rebentos das  pernadas  cortadas em sucessivas podas. Mesmo assim é um espécime imponente e para cujo crescimento deve ter contribuído e muito a frescura do sítio, pois como é sabido, os freixos preferem  solos húmidos.

O FREIXO DA TALA tem cerca de 100 anos e foi declarado de interesse público conforme despacho inserido do Diário da Republica II série nº285 de 12/12/2000            

É uma árvore notável.  Merece ser conhecida e divulgada e se no futuro alguns daqueles que forem à Tala, repararem nele, já valeu a pena...

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