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Tudo de novo a Ocidente

UMA CORRIDA NA PRAÇA DE TOUROS DE "CINTRA"

A antiga praça de touros de Sintra, segundo o ilustre Historiador Sintrense e querido amigo José Alfredo da Costa Azevedo, estava edificada onde existe o mercado municipal no bairro da Estefânia, vila sede do Município. Seria demolida depois de implantado Regime Republicano em 1910.

A Praça de touros de Sintra durante o período de veraneio na Vila da gente grada de Lisboa, era palco de corridas de touros. Em 1906, dia 16 de Agosto quarta-feira, teve lugar uma tourada na qual foram lidadas dez vacas da ganadaria do Marquês de Castelo Melhor, D. João da Silveira Pinto da Fonseca Correia de Lacerda de Eça e Altro Figueiredo Sousa e Alvim, proprietário de extensas e ricas propriedades no Ribatejo. A sua ganadaria considerada uma das melhores do Reino, esteve representada na inauguração em 1901, da Praça de Touros Palha Blanco edificada em Vila Franca de Xira.

Na corrida de Sintra as honras da tarde foram para o cavaleiro D. Ruy Zarco da Câmara filho do conde da Ribeira Grande e bandarilheiro Eduardo Perestrelo. Os moços de forcados não compareceram, devido á falta de vestuário apropriado. As pegas  seriam executadas por espontâneos, presentes nas bancadas. O gado saiu bravo e proporcionou lides brilhantes. 

Todos os intervenientes eram "filhos de famílias da nossa primeira sociedade", conforme relatava a imprensa da época. Praça quase cheia com assistência  distinta e entusiasta. Dirigiu a corrida D. Vicente de Paula Gonçalves Zarco da Câmara conde da Ribeira Grande,progenitor do cavaleiro D. Ruy.

O evento tauromáquico realizou-se no ano de 1906. O Regicídio ocorreu dois anos depois, posteriormente ao trágico acontecimento não houve mais touradas em Sintra. Assim deve ter sido uma das derradeiras corridas realizadas na praça de toiros Sintrense.

Alfarrobeira numa rua da cidade

Curiosamente há pouco tempo descobri a importância da alfarrobeira, na regulação do comércio de pedras preciosas. Acreditava-se antigamente que o peso das sementes da alfarroba, fruto da alfarrobeira, seria uniforme pesando cerca de duas gramas cada, por esse motivo foram utilizadas em tempos recuados, para pesar jóias e especiarias. Em grego designa-se a semente "carat", a unidade de peso das pedras preciosas e do  ouro, continua a ser o "carat".Em Lisboa durante séculos entreposto de especiarias e preciosidades, deveria por isso existir possibilidade de facilmente obter sementes  de alfarroba ,necessárias á aferição dos actos de transacções daqueles produtos. Em Portugal a alfarrobeira é abundante no Algarve, no entanto,em povoamentos dispersos vegeta a sul das montanhas da cordilheira central. Na região da capital portuguesa deparamos com topónimos relativos a alfarrobeira alguns com importância histórica,exemplo da batalha de alfarrobeira, travada,em 1449 num local situado no município de Vila Franca de Xira.Em alguns parques e jardins de Lisboa,deparamos com alfarrobeiras. Existe em Sâo Domingos de Benfica a quinta da alfarrobeira.E na via pública? Procuramos, felizmente numa artéria de Lisboa, Estrada de Pedro Teixeira, no alto da Ajuda, sítio do Caramão próximo dum conhecido restaurante, encontramos uma alfarrobeira de provecta idade, exemplar sobrevivente dos outrora numerosos espécimes espalhados pela cidade. A alfarrobeira tem folha persistente nunca seca, justificação suficiente para dedicarmos este apontamento, a quem acintosamente no inicio deste nosso trabalho numa verrinada, manifestava a preocupação acerca do futuro de Portugal, ironizando com o conteúdo do nosso blogue. Já passou um lustro, infelizmente a escolha não se concretizou entre sobreiros e alfarrobeiras, mas na prevalência dos "chaparros".

 

 

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